terça-feira, 27 de junho de 2017

LIÇÃO 7 - OS JUDEUS E O INÍCIO DA ERA CRISTÃ




Em 332 a.C., concluído o cerco a Gaza, Alexandre, o Grande, imperador do império greco-macedônico  subiu contra Jerusalém, mas  tanto o historiador Flávio Josefo como o Talmud, revelam que orientado por um sonho sobre o que lhe competia fazer, Jádua, o sumo-sacerdote, foi saudar Alexandre a frente de um cortejo de sacerdotes, todos vestidos em seus trajes sacerdotais e os demais cidadãos, vestidos de branco, seguiam a certa distancia. Quando Alexandre viu a multidão vestida de branco, os sacerdotes em linho fino e o sumo-sacerdote em púrpura e com a mitra na cabeça, em cujo frontal de ouro estava inscrito o nome de Deus, aproximou-se e reverenciou o sumo-sacerdote. Disse que estando ainda na Macedônia, vira aquele cortejo em sonho.

Por causa desse fato Jerusalém foi poupada. Quando o sumo-sacerdote mostrou-lhe a passagem do livro de Daniel, que prediz que o primeiro rei da Grécia destruiria o império Persa. O rei macedônico creu que esta profecia falara de fato sobre ele, por isso até o fim de seus dias Alexandre mostrou-se amigo dos judeus (o trecho de Zacarias 9:1-8; parece se referir aos seus feitos). Após a morte de Alexandre seus generais dividiram entre si o grande império conquistado. A Judéia coube a Ptolomeu juntamente com Egito. Foi um período feliz para os judeus. Os três primeiros Ptolomeus trataram muito bem os judeus, Ptolomeu Filadelfo chegou a pedir-lhes que traduzissem o Antigo Testamento para a língua grega. Exceto Ptolomeu IV Filopater que  perseguiu o povo judeu.


Antioco III da Síria invadiu a Síria. Ao terminar a guerra siríaco-egípcia a Judéia era uma província do reino da Síria (201 a.C.). Sofreram então os judeus profunda influência dos costumes gregos então vigentes na Síria. Os sucessores de Antioco III não seguiram a mesma política de proteção dos judeus. As perseguições foram tantas que, em 167 a.C., um sacerdote judeu chamado Matatias Hasmoneu, juntamente com os seus cinco filhos, iniciou uma revolução contra a dominação Síria. O velho Matatias faleceu, porém seus cinco filhos, especialmente Judas, cognominado o Macabeu (martelo) prosseguiram na luta.

A princípio refugiados nas montanhas os revoltosos usaram os sistemas de guerrilhas e emboscadas, mas aos poucos, chegaram a organizar um verdadeiro exército que conseguiu após 27 anos de luta vencer definitivamente as tropas sírias e expulsá-las da Judéia. Foi Simão, o irmão mais moço da família dos Hasmoneus, quem venceu as batalhas finais pela independência de sua pátria. A independência judaica durou pouco. Dois partidos políticos-religiosos dividiam o povo judeu: os fariseus e os saduceus. Os fariseus eram partidários de uma identidade absoluta entre a religião e o estado.

Os saduceus não admitiam essa identidade e não acreditavam numa vida além túmulo por não estar mencionada na lei mosaica e eram favoráveis a um contato mais aproximado com os estrangeiros. As dissenções entre saduceus e fariseus e as rivalidades entre descendentes dos Hasmoneus que lutavam pela sucessão do trono, facilitaram a dominação dos judeus pelos romanos. Roma estava no apogeu de seu poder. Em 62 a.C., as tropas do general romano Pompeu tomaram Jerusalém. Quando Jesus nasceu, a Palestina era apenas uma subdivisão da província romana da Síria governada por um magistrado que tinha o titulo de procurador.




O CRISTIANISMO,
OS JUDEUS, GREGOS E ROMANOS


A Contribuição dos Judeus:

Ø  Guardaram os oráculos divinos.
Ø  Possuíam lei moral elevada.

Ø  Aguardavam um Messias, um libertador.

Ø  Monoteístas

Ø  A base do Cristianismo é judaica.

A Contribuição dos Gregos:

Ø  A filosofia grega despertou nos homens da época grande interesse por questões metafísicas e espirituais.
Ø  A influência da cultura grega levou os povos a refletir sobre outros valores.
Ø  A língua internacional da época era o grego.

A Contribuição dos Romanos:

Ø  O domínio de Roma impôs a paz mundial, a unificação dos povos e a livre fronteira gerou maior intercambio entre as nações.

Ø  A construção de estradas também foi um fator que colaborou para a propagação da mensagem cristã.
Ano 313 D.C., Constantino juntamente com Lícinio o novo imperador do Oriente, assinaram o Édito de Milão, no qual proibia-se a perseguição aos cristãos, e legalizava o culto do Cristianismo pelos povos do império

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